Buscando no mundo...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Compreendendo o Rio Grande do Sul através dos Partidos - Introdução

Quero iniciar uma série em meu blog que se entitula "Compreendendo o Rio Grande do Sul através dos Partidos". Sim, pois é por uma participação política que se gera e, gerenciona, um Estado. Com o Rio Grande do Sul não é diferente!

O Rio Grande tem uma história desenhada por circunstâncias que levam uma grande número da população gaúcha a questionar sua independência de qualquer outro estado federativo. Isso, porque o Rio Grande do Sul, de certa forma, se "autogerou". Fundado por militares enviados por Dom João VI, nossa remota Colônia do Santíssimo Sacramento já passou por poucas e boas até os tempos atuais... e não podemos deixar de acrescentar a isso que, nas entrelinhas dos contos factuais, tem muita política partidária no meio!!!

Analisem a seguinte heresia: pois bem! A minha história é a história de todo BRASILEIRO! Conceituando "brasileiro": historicamente e semanticamente, "aquele que trabalha com pau-brasil"! Os nativos foram batizados como "índios"; logo são índios, e não brasileiros! Até porque não trabalharam tão voluntoriosamente na extração do pau-brasil! Logo, aqueles que chamamos brasileiros, semanticamente, deveriam ser chamados brasilianos, pos o sufixo anos pressupõe origem. E além de extrativista vegetal, sou GAÚCHO, isto é, nascido no Rio Grande do Sul... será?

Heresias à parte, os conceitos atuais são os que vigoram, apesar de eu acreditar na força subliminar da palavra verbalizada, e que elas constituem em fatores de significância energética em seu ato verbalizado. Um gaúcho não se faz sozinho: precisa de outros para formarem juntos o Estado do Rio Grande do Sul. Um brasileiro não se faz por si só: necessita dos cidadãos de cada estado da federação para constituírem a República Federativa do Brasil. O que acontece é que nem todos concordam com os mesmos ideais e aí precisamos de mecanismos que racionalizem modelos capazes de suprir as diferenças de poderes. Ser partidário!

Participo de partidos políticos desde meus 20 anos. Estudando sua história e fundamentações ideológicas, constituo de forma orgânica os meus pensamentos e opiniões, que, por vezes, no intento de buscar racionalizações e argumentos positivos, fazem a grande maioria desacreditar de política. Mas não podemos deixar de lado uma das maiores Leis da Natureza Humana: O HOMEM É UM SER POLÍTICO!

Pela premissa de acreditar que a política constitui em movimento, e que a natureza deva ser democrática, detendo um perfil moderador e conciliador, decidi, através de várias reflexões e cálculo de pesos de conciência e medidas de vergonhas, ingressar no Partido do Movimento Democrático Brasileiro, à convite dos meus amigos Dircinei Costa, João Renildo da Silva, Flávio José de Souza, Gilson Paiva, entre outros peemedebistas do município de Tavares, tendo por formador partidário o conselho de meu querido amigo Nério, e minha esposa Tatiani! Sim, porque você é partidário se você acreditar em sua família, mesmo que tenhas opiniões divergentes nela.

Serei alvo de críticas! (Qual ser político que não é? RES: Os demais do Reino Animália, pois até os animais tem mecanismos políticos hierárquicos entre si, mesmo que filosoficamente não disponham de razão!!!) No entanto, não estarei negando minha natureza humana, como não estão quaisquer pessoas que ingressam nos demais partidos registrados no TSE brasileiro.

Minha opinião! Ingressem na política, nem que seja para deixar de ser um ser qualquer do Reino Animália! Critiquem-me... deixem-se ser criticados... nada cresce sem a contínua elaboração da matéria!

Uma boa semana para todos.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Os Valores de Interrelação Ecológica de Fritjof Capra

Através dos seguintes endereços, podemos observar como o grande físico austríaco Fritjof Capra interrelaciona a grande gama de valores de forma positiva e de forma negativa. O trabalho exposto é da Unicamp. Vale a pena conferir! É um grande suporte de entendimento e exemplo de como as coisas não estão desvinculadas uma das outras...

Primeiro mostramos o Diagrama Original de Fritjof Capra;

Em seguida o Diagrama de Capra revisado pelo LEIA

E por último Diagrama de valores humanos e desenvolvimento sustentável sugerido pelo LEIA.

Façamos uma análise profunda dos três casos e convido para a seguinte reflexão:
"De que depende realmente o nosso mundo?"

Bom trabalho a todos!!!

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Final de Ano Letivo - Um Recomeço

É paradoxal, mas um final de Ano Letivo é o ponto de partida para um recomeço. Isso porque, como professores, tomamos decisões importantes no que diz respeito ao futuro escolar de cada estudante que passa por nós. É claro que professor e aluno se encontram um razoável número de vezes por ano e, através desses contatos, geram um mútuo conhecimento pelo relacionamento por ora relativo: será que se conhecem - aluno e professor - o suficiente para determinar um ao outro o seu futuro?

Avaliar é tarefa nada fácil! Mas hoje, é ainda uma árdua tarefa para o professor. Algumas vezes me questiono e, o mesmo questionamento reverbera entre os corredores dos estabelecimentos de ensino: será que a avaliação é algo tão importante assim? Ao invés de elaborarmos provas, tarefas, instrumentos de análise, o professor não deveria "proferir" e "professar" mais, ao invés de procurar saber se o aluno está ou não aprendendo?

Alguém irá retrucar que estou fazendo a pregação do professor cansado, que quer tirar sua responsabilidade em meio ao fracasso de um aluno, ou ainda, não quer dar aula e ficar "mamando" no órgão mantenedor - ainda mais em se tratando de órgãos públicos. Confesso que corrigir provas é uma tarefa extenuante. Essa semana mesmo, com apenas 6 turmas, apliquei um instrumento de avaliação contendo 30 questões cada, considerando que era o número mais adequado de exercícios para observar o "rendimento" dos alunos: considerando que cada turma possui 25 alunos e, que cada um recebeu 30 questões, corrigi nada mais, nada menos que 4500 sentenças em questão de 3 dias. Isso em uma avaliação! Se, por ventura, considerarmos que ao ano aplicamos - no mínimo - 9 instrumentos de avaliação, serão 40.500 questões para serem apreciadas. Isso para conferirmos aos nossos alunos os níveis de aptidão que "representam" ter, pois sabemos pela filosofia futebolística, "Jogo é jogo! Treino é treino!".

As melhores notas não serão necessariamente dos melhores cidadãos. Não são números frios os determinantes de cada aluno e aluna. A própria sociedade os elegerão e selecionarão para seus postos, além de oferecerem, ou não, as oportunidades de acordo com a hora, o lugar e a pessoa demandada. Sim! Não é o professor que dirige a vida do aluno. Ele o deve aconselhar.

Para isso, as escolas devem rever os seus currículos e, neste momento, sim, avaliar os conteúdos que irão gerar cidadãos críticos e capazes de guiar a si e a sociedade: noções de direito, noções de filosofia libertadora, noções de administração social, enfim, o mundo precisa compreender que necessita resgatar a sua razão e valorizar suas noções. Um cidadão sem critérios irá se ancorar em argumentos evasivos no mister de defender seus interesses e os de seus próximos!

Razão! Emoção! São inteligências que não combinam com o instinto cru que provém da Lei de Gérson.

Avaliem-se: questão número 1 - Quem somos? questão número 2 - O que fazemos? questão número 3 - Para onde vamos?...

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

O Grande Bono Vox


"Bono Vox, vocalista do U2, critica a Fifa
Cantor acredita que a tecnologia deveria ser usada no futebol
O vocalista do U2, Bono Vox, criticou a Fifa por não usar a tecnologia no futebol. Ele é irlandês, e está revoltado com a eliminação de sua seleção da Copa do Mundo de 2010 na partida da repescagem contra a França, quando Henry arrumou a bola duas vezes com a mão e passou para Gallas marcar o gol da classificação francesa.
– Na Fifa existem muitas pessoas inteligentes. Eles deveriam usar esta sabedoria para abrir o futebol para a tecnologia – afirmou o vocalista.
O cantor se diz chateado, mas já tem uma seleção para torcer na Copa do Mundo da África do Sul. Ele acompanhará o time do amigo Didier Drogba, atacante do Chelsea.
– Estou muito zangado, mas agora sou torcedor da Costa do Marfim do Drogba, meu amigo. E eles ainda têm a bandeira com as mesmas cores da Irlanda – disse Bono, que acredita que já está na hora de uma seleção africana ganhar o Mundial.
LANCEPRESS"

Novamente o sempre "inovador" vocalista do U2 lança um olhar polêmico, e não menos inteligente, a respeito da tecnologia (ou melhor, a falta dela) e de conhecimento de mundos. Bono Vox traz a tona a discussão sobre um paradoxo interessante: a tecnologia alcança níveis impressionantes de desenvolvimento ao mesmo tempo que a humanidade ainda se encontra arraigada a paradigmas tradicionais de cultura. Também fica sua mensagem subliminar vinculada à segregação étnica - coisa que acontece ainda na Irlanda por parte dos países que compõe The United Kingdom (O Reino Unido) de Elisabeth e seus vassalos - e o que acontece na Costa do Marfim.
Tenho um amigo de lá: Alain. Escondido num navio que veio daquele país, foi encontrado na cidade de Rio Grande e adotado pela população de Osório. Hoje faz faculdade de letras além de lecionar inglês, francês e simpatizar-nos com seu eterno sorriso de marfim em seu caráter, que parece entalhado no próprio ébano: simplesmente um cidadão refinado em sua simplicidade.
Contou-me certa vez nas dependências das Faculdades Cenecistas de Osório, entre o pouco de português que já sabia e o inglês que domina com grande fluência, as dificuldades que enfrenta o seu povo. Distorções de ética por parte de governantes; corrupção; fome; menosprezo da cultura local e dos mecanismos de educação/formação; baixa autoestima; enfim, muito parecido com o Brasil! "A diferença é que o povo de lá se quer e se gosta", dizia de forma até envergonhada! Há amor "philos" em seus hábitos como aldeões, como cidadões.
Vejo que o brasileiro está cada vez mais impessoal. Ficamos no "coitadinho!", "que pena!", lastimando-se por tudo. Não há noticiário televisivo que não registre catástrofes, assaltos, chacinas desde as primeiras horas da manhã de qualquer meio de comunicação ou rede de televisão. Essa idéia até já está se propagando por meio de jornais! Isso sim é uma lástima!
Pois bem. Que bom que Bono tem amigos que precisam dele! Que bom que ele precisa agora de amigos, que o ajudarão a superar as injustiças relacionadas à falta de tecnologia nos diversos setores e atividades profissionais! Que bom que ele não tem preconceitos! Que excelente pessoa esse tal Bono Vox! (Tem os ares do Robin Williams, mas não o mesmo caráter!)
Se eu fosse sugerir um tema para uma nova música de Bono, iria propor "Monday, peace on Monday!" Sim, um homem que propõe a paz deverá fazer uma música assim! No entanto, essa paz ainda não chegou para o coração guerreiro dele, que enxerga o mal nas guerras, no coração que faz as guerras! Por isso, não ficarei chateado se ele não acatar meu tema, pois o mundo ainda vive - e dificilmente deixará de o fazer - "Sunday Bloody Sunday".

Considerações sobre a Educação à Distância

A Educação a Distância está promovendo uma mudança importante no hábito dos educandos brasileiros. Na medida em que a EaD se torna uma ferramenta interessante e importante para a formação e qualificação das pessoas que buscam se capacitar, principalmente àquelas que dedicam períodos intensos de labor diário, seu formato exige importantes transformações no que diz respeito à autodisciplina e organização do âmbito pessoal. Isso pode se dever às novas tendências e exigências do mercado de trabalho, como também as melhores possibilidades de realização profissional que a qualificação proporciona aos adeptos que buscam se capacitar concomitantemente ao período laboral.

O modelo presencial de Educação – rígido nos preceitos que condizem a horários e com uma normativa pautada em paradigmas e metodologias tradicionais de ensino – ainda é considerado “mais confiável” em termos de aprendizado e garantia de qualificação, em relação à EaD, pelo senso comum. Mas acreditamos que tal indicador se sustenta pelo fato de não estar ainda em domínio público à linguagem digital e suas peculiaridades. O próprio uso da linguagem escrita ainda pode ser considerado um entrave para a divulgação de novas idéias, conceitos e do próprio conhecimento nos meios acadêmicos, devido a grande maioria da população brasileira não dominar o idioma em suas formas de expressão, seja pela leitura e, principalmente, no uso da escrita.

Trata-se, no entanto, de um esforço maior de pautar os projetos pessoais dos discentes dos cursos de EaD. O exercício de duas linguagens distintas – a do próprio idioma vinculada ao paradigma digital, esse, mais complexo em relação ao primeiro – pode ser o grande receio para que grande parte da população ainda não adira a essa nova ferramenta de Educação. Outra temerosidade ronda a questão da qualidade, pois se acredita não haver profundidade nos questionamentos acadêmicos, por não se contar diretamente com os docentes nos procedimentos de ensino. Neste caso, podemos verificar pelo crescente número de adeptos, na análise de suas titulações e currículos, que se trata de um dos maiores fenômenos de democratização do conhecimento na história da Educação.

Ao passo de estarmos ainda temerários aos frutos que serão colhidos pelos trabalhos dos discentes da EaD, deveremos sim, esperar que tais anseios sejam entendidos pela tentativa de se conseguir divulgar o conhecimento para o senso comum, e seja ele criticado por qualquer meio de difusão, desde que o seja sabido.

O infeliz Robin Williams


Um grande ator, uma pessoa popular no mundo inteiro por seu talento na dramaturgia e um dos piores políticos e desumanos caráteres entre os considerados"bam-bam-bans" do cinema mundial. Robin Williams em entrevista ao programa Late Show de David Letterman ironizou as condições sociais do Brasil declarando que o país enviou "50 stripers e meio quilo de pó", fazendo a competição pela sede das Olimpíadas de 2016 um certame injusto!

Acompanhem-me: se o Barão de Coubertin, entusiasta idealizador dos Jogos Olímpicos da era moderna, buscando seu espírito no já longínquo ano de 1896 desconfiasse de tal atitude por parte de um governo nacional, tenho certeza que suspenderia, em qualquer hipótese, a fixação de sede em tal país. Fico abismado como que um humorista ridiculariza-se de tal forma sem observar as próprias sangrias desatadas morais às quais perpassa o povo estadunidense.

Pelo que observo na cultura "internética", e tendo-a como base de informação para minhas viagens pelo mundo, observo que Chicago é uma cidade impressionante. Tem um grande caráter como referência de prosperidade e como história (além de eu ser fã do Chicago Bulls, equipe de basquetebol daquele país). Não acredito que um país de tamanhas proporções não solicita uma medida de desagravo para com aquele cidadão cosmopolita. É realmente um infeliz!

Isso sem falar nas catástrofes sociais que os Estados Unidos geram através de suas políticas internacionais: fabricação de armas (grande "moral de cuecas") que, por tabela, geram verdadeiros holocaustos internacionais por meio de seus produtos bélicos; genocídios sociais globais através de suas políticas econômicas que abalam pesadamente as economias internacionais e boicotam qualquer intenção de algum país que queira buscar em seu mercado uma fonte de rentabilidade. E assim, posso encher o blog com várias formas de "injustiça social global" disseminada pelo país Norte-americano.

No entanto, a vida continua. E os Jogos Olímpicos estão no Brasil, na Cidade Maravilhosa, com ou sem pó, com ou sem stripers, pois, ao meu ver, o maior produtor de cultura e materialização pornográfica fica no hemisfério oposto ao nosso; está em outra direção! E quem intensifica a cultura de encher os narizes de seus jovens de pó, os armar e depois os deixar fuzilar a seus próprios adolescentes, professores, crianças, nas suas escolas e parques não tem dignidade para levantar tal argumento na defesa de uma causa tão nobre como são as Olimpíadas.

Concluindo: Robin Williams não acrescenta em nada na cultura brasileira! Nada contra suas atuações, pois trata-se de um excelente artista. No entanto, não merece prestígio de qualquer cidadão brasileiro, pois sua idéia principal é a de discriminar qualquer conquista brasileira. Sugiro até boicotar seus filmes, pois quem não prestigia seu vizinho, não precisa ter seu pomar vistoriado!

Chega de baixar nossa autoestima! Vamos dar um basta aos intelectuais que não ensinam/aprendem nada para/com o nosso povo. O brasileiro não precisa de pessoas assim!!!

O brasileiro precisa de valorizar!

O brasileiro precisa ser mais BRASIL!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Carta Enigmática


Essa mensagem tem teor subliminar. Portanto, busquem entender o todo de cada um dos elementos da Carta, e todos numa mesma mensagem. Faz parte da minha tarefa em formação continuada pela UFRGS, de Tecnologias Assistivas. Podem comentar à vontade...
Um abraço a todos!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Analisando clipes - Elephant Gun

Talvez o ouvinte não se dê conta, mas uma mensagem interessante pulsa de forma subliminar nas entrelinhas (nas entrepausas, entrenotas, entretempos, enfim...) da canção Elephant Gun, de Ryan e Zach Condon.

Analisemos a letra, visualizemos o clipe, ouçamos a música e decifremos a mensagem para o nosso próprio âmago. Ah! Who is the "big King"? Where is it?

A letra é a seguinte:

If I was young, I'd flee this town
I'd bury my dreams underground
As did I, we drink to die, we drink tonight

Far from home, elephant gun
Let's take them down one by one
We'll lay it down, it's not been found, it's not around

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

Let the seasons begin - it rolls right on
Let the seasons begin - take the big king down

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the night

And it rips through the silence of our camp at night
And it rips through the silence, all that is left is all
That I hide

Assistam e respondam-me depois, por favor...

http://www.youtube.com/watch?v=N-mqhkuOF7s

INCLUSÃO ≠ INTEGRAÇÃO

Colocar uma colher de azeite em um copo de água é incluir azeite à água. Nem que se aqueça o conteúdo desse vasilhame, na intenção de dissolvê-los, não obteremos o resultado desejado. Por mais que se tente misturá-los através de vários processos físicos e mecânicos, não haverá homogeneização deles entre si. No entanto, sabemos que o azeite faz bem à saúde, ainda mais se for de origem orgânica e voltado para o consumo, isto é, possível de se transformar e ser absorvido pelo organismo. Fora isso, é ainda mais valioso que a água em termos econômicos. Incluir é uma tarefa laboriosa e, talvez, impossível de ser realizada se tratarmos de estruturas e naturezas heterogêneas e singulares, ainda que sejam líquidas.
Na educação, as políticas atuais de inclusão – observação partilhada com vários teóricos do meio em diversas fontes midiáticas – proporcionaram verdadeiras truculências com direitos individuais de muitos dos estudantes ditos “especiais”; porque se vivemos num estado “democrático de direito”, o sentido de igualdade fica à mercê da máxima dos tempos modernos da política: uns são mais iguais que outros. Se existem “especiais” é porque outros não o são. No entanto, se são “diferentes”, por que não se pode associá-los instantaneamente às demais classes “normais” da educação básica?
Talvez fôra esse indício paradoxal, no tema que leva em consideração bases políticas elementares e a ética educacional, que motivou a criação de um estratagema de conciliação entre os iguais/diferentes e os diferentes/iguais: a conciliação morou no verbo “incluir”. Incluir, que em sua raiz verbal demonstra uma descompromissada atitude de despejar num mesmo antro, elementos possíveis ou não de associação – sem considerar temporalidade, natureza e efeitos adversos – como se fossem os nossos alunos, meros componentes químicos manipulados num tubo de ensaio chamado escola. O ato de incluir pressupõe que elementos distintos estavam afastados, alheios uns dos outros, em lugares – ou recipientes – diferentes. A rigor, a escola não deve servir de tubo de ensaio para facilitar as manobras econômicas e otimizações protocolares de cunho meramente administrativo, somente porque é economicamente inviável atender uma minoria. O simples fato de se tornar oneroso dispor de agentes educacionais preparados para uma missão que não traz vantagens políticas para o estado, isso porque muitos alunos são incapazes de poder manifestar sua opinião e discuti-la no modelo formal instituído, acarreta desinteresse das classes dominantes para atender demandas laborais tão especiais e dispendiosas. A escola deve ser o centro de experienciação para a vida cidadã, cujo enfoque fica na democratização do conhecimento e dos meios de desenvolvimento do ser humano, tanto em sua natureza individual quanto coletiva: isso abre um leque de possibilidades multidisciplinares que deverão ser atendidas, pois as prerrogativas do professor são a de ser ético com o compromisso de educar, e isso demanda entender as possibilidades e potencialidades dos alunos, no coletivo, bem como de si próprio.
Para que esse ato – que transcende o conhecimento para sabedoria – possa tornar-se constituído no meio educacional/escolar, não poder-se-ia aceitar de forma alguma o conceito de “aluno especial”, “aluno com necessidades especiais”, “aluno com déficit educacional”, etc. Tal movimento agride o senso de democracia/igualitária, ou igualdade/democrática. Pois o paradoxo é reacendido e torna a implicar em discussão, como se a Sina de Sísifo o fosse.
A sugestão proposta é radicada no termo que deve ser primo da “inclusão”: a integração. Através de agentes catalisadores, capacitados para entender as propostas e lógicas de diversas demandas educacionais e culturais, voltados para conectar as diferenças entre os elementos e reforçar as ligações sociais de alunos em/com suas dificuldades, independentes se “mais especiais” ou “menos especiais”, são elementos substanciais do termo “integração”. Uma vez que o verbo “integrar” cria a necessidade de conjugar diferenças sem as aborrecer, implantar soluções com um questionamento minimizado, desobstruir os meios de informação entre as distâncias do “normal” e o “especial”, focaliza nem um nem outro, mas sim, o respeito pelo e entre os dois, fazendo-os entendidos como adjetivos de cada um de nossos discentes, sem distinção.
Talvez tenha sido essa qualidade verbal maquiada para o entendimento de “inclusão”. Sendo assim, a política que está em vigor está sendo desenvolvida perfeitamente. No entanto, se nós, como docentes responsáveis pela qualificação e formação educacional de gerações vindouras, nos confundirmos com os termos e continuar a defender o “inclusionismo/inclusivismo” – gerador perceptível de “exclusionismo” e impessoalidade, construiremos sem perceber, obstáculos perpétuos para a principal ação educadora de um professor, a de integrar e buscar a integridade de seus educandos através de seus próprios conhecimentos e potencialidades coletivas e individuais.

Digitando sem Teclado: possibilidades do Dasher – reflexões

Ao lerem este ensaio visualizarão um conjunto de símbolos e espaços combinados de forma a buscarem transmitir meus pensamentos, minhas idéias e, talvez, minhas emoções, caso seja possível. No decorrer da leitura, poderá um curioso leitor buscar investigar o porquê da utilização de determinados vocábulos, negando a utilização de outros – talvez mais precisos, talvez menos pomposos – e até, negando utilizá-los. Caso chegue a este estágio de reflexão, talvez imaginará também como o escritor manifestou sua expressão: se por uma antiga máquina de escrever, um tipógrafo, um “recorte e cole”, uma simples caneta em um pedaço de guardanapo, lápis em papel, etc, tudo no intuito de querer manifestar e “eternizar” seus pensamentos para compartilhá-los aos seus leitores.
Estamos em 2009. Terríveis discrepâncias sociais assolam povos menos abastados e deterioram o âmago cultural do Velho Mundo, através de uma corrida desenfreada de aceleração e acumulação econômica. Nessa busca de ir cada vez mais rápido ao recurso, encontrando limitações físicas de drástica reação ao próprio corpo humano, buscou-se no incentivo à tecnologia da informação um meio capaz de suprir as demandas físicas e, por meio digital, implantar uma cultura de comunicação ao qual se questiona ainda se o homem é um ser capaz de se comunicar tanto. “Cogito, ergo sum” refletiu René Descartes num longínquo século XVII. Talvez hoje precisasse algo como “Penso, logo, preciso dizer a alguém!!!”.
Nessa turbulenta – e violenta – sociedade de informação, em que estando a informação a disposição de todos, o dificultoso é filtrá-la, um dos maiores pontos positivos é poder democratizá-la, disponibilizá-la a todos, sem exceção: às classes sociais, às etnias, às PNEEs e às P”sem tantas”NEEs. Pelo fato de o próprio homem conceber que possui diferenças e a elas trata com repulsa (paradoxo autodiscriminação), se o fizer de modo positivo, encontrará tesouros impressionantes no simples fato de refletir sua linguagem e a encontrar na voz, no olhar e, quem sabe, no pensamento de um “semelhante”.
Ao utilizar o Dasher, uma impressionante interface de comunicação facilitadora nos processos de codificação do pensamento, deparei-me, guardadas às proporções, com a dificuldade que uma pessoa enfrentaria ao ter que digitar nos nossos “milhos esparramados” em nossa mesa, tendo reduzidas as suas capacidades de motricidade. Ao perceber que pessoas nunca poderão se expressar por um teclado convencional, como o que utilizei para redigir este texto, entendi como o homem é inteligente quando quer sê-lo e pensá-lo: o limite não está só nisso também, mas surgiu depois de Descartes a necessidade de transmiti-lo. Assim sendo, para democratizar-se os espaços e ouvir o que as PNEEs tem a transmitir, devemos nos esforçar, ao menos um pouco, para entender que, mesmo que estejamos utilizando a expressão “dEficiente”, até o simples “d” minúsculo é difícil de um “Eficiente” encontrar no Dasher, movendo somente o mouse.
Viva a democratização da manifestação do pensamento! Viva a eternização do conhecimento através da TIA (tecnologia de informação acessível)! Falta somente acessar (aproximar) as grandes massas demandantes os recursos que suprem suas necessidades, de modo a proporcionar igualdade nas condições de acesso ao conhecimento. Incluindo-se também o Dasher!

Um Código para a Vida

Ao acompanhar sua mãe em uma visita à casa de sua tia, a pequenina menina se depara com um lindo e diversificado expositor de peças de antiquário, já da família a algumas gerações. Como que instantaneamente, a criança direciona suas mãos para os bibelôs e toma-os para manuseá-los. Num mesmo súbito, a mãe, temerosa pela segurança do objeto, a toma das mãos da criança e repreende-a severamente, incutindo um teor de culpabilidade à menina. Moral da história: a menina teve sua visão extirpada pela mãe. Isso mesmo, a visão!
Parece demasiada dramática minha colocação. Parece um absurdo epistemológico. Concordo que para os padrões de um vidente, (utilizador de olhos, e não necessariamente de janelas para a alma) a criança naquela situação representava um grande risco para algo que realmente tem um valor histórico e afetivo bastante expressivo. Mas ninguém tira de meu entendimento que o ato da mãe cegou a criança. Abordemos a história de Hellen Keller: talvez uma figura tão brilhante e de espírito tão evoluído quanto Madre Tereza de Calcutá, Indira Gandhi e Lady Di. Via e, não bastava tamanho obstáculo físico/fisiológico, escutava com as mãos.
Um músico entende o que é ouvir com as mãos. No entanto, o músico tem alguém para ensiná-lo em tal habilidade; um músico percebe as vibrações e pode repercuti-las em seus instrumentos. Mas e quando o instrumento é a voz humana? Há como? Somente um milagre como o de Anne Sullivan Mace. E quanto ao enxergar? As mãos são ferramentas tão especiais, que o único sentido que parecem não desenvolver é o olfato e paladar (ainda!).
Sim, uma mãe pode cegar sua filha por falta de modos, por não saber abordar uma maneira “pedagógica” de fazer sua menina tatear os objetos e guardar as suas formas em sua memória. Por acaso as mães sabem se seus filhos podem ou não vir a tornarem-se cegos ou surdos? Sabem as mães (e os pais também, é óbvio) o quanto uma criança aprende em querer “enxergar com os olhos” os enfeites da titia? Pergunto-me como Hellen utilizaria o computador, ou qual interface seria necessária para assistir tamanha dificuldade?
Eu consegui digitar com o dasher; Hellen talvez não o conseguisse utilizar (creio eu, na minha ainda inexperiente forma de perceber milagres). Consegui – com muita dificuldade – escrever o texto no DOSVOX; Hellen poderia escrevê-lo, mas possivelmente não o ouviria, pois o computador ainda não tem uma garganta para que ela pudesse – se viva fosse – tocar com seus dedos para ouvir os timbres, como que fazia com sua protetora e educadora. Mas precisamos nos comunicar. Precisamos de códigos. Hellen queria descobrir códigos e os teve.
As tecnologias assistivas estão cada vez mais próximas das necessidades reais de codificação para a comunicação. No entanto, quando vemos a garra de Hellen Keller, não há tecnologia que se equivalha ao impulso humano de querer ter dignidade.
Não ceguemos nossas crianças. Elas poderão precisar desses estímulos mais tarde. Deixemo-nas brincar com os bibelôs. Afinal, não retratam toda a realidade, mas uma parte minúscula e necessária para a nossa própria compreensão.

APRESENTAÇÃO

Bem pessoal!

Observando que podemos ter algo para contribuir com a humanidade, especialmente àqueles que nos cercam, creio que é importante colocar a disposição aquilo que vem ajudado a nos formar como cidadãos e como profissionais. Pois, sendo assim, devido a poder ter várias experiências de mundo em várias coisas que o próprio mundo nos disponibiliza, quero em doses homeopáticas oferecer o conhecimento que estamos colecionando ao longo de nossas observações de mundo. E nada como, através dessa ferramenta fantástica que nos aproxima tão rápido quanto a conexão nos permite, midiatizar de modo prático a nossa intenção: COMPREENDER MUNDOS!

Até mais!!!