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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Considerações sobre a Educação à Distância

A Educação a Distância está promovendo uma mudança importante no hábito dos educandos brasileiros. Na medida em que a EaD se torna uma ferramenta interessante e importante para a formação e qualificação das pessoas que buscam se capacitar, principalmente àquelas que dedicam períodos intensos de labor diário, seu formato exige importantes transformações no que diz respeito à autodisciplina e organização do âmbito pessoal. Isso pode se dever às novas tendências e exigências do mercado de trabalho, como também as melhores possibilidades de realização profissional que a qualificação proporciona aos adeptos que buscam se capacitar concomitantemente ao período laboral.

O modelo presencial de Educação – rígido nos preceitos que condizem a horários e com uma normativa pautada em paradigmas e metodologias tradicionais de ensino – ainda é considerado “mais confiável” em termos de aprendizado e garantia de qualificação, em relação à EaD, pelo senso comum. Mas acreditamos que tal indicador se sustenta pelo fato de não estar ainda em domínio público à linguagem digital e suas peculiaridades. O próprio uso da linguagem escrita ainda pode ser considerado um entrave para a divulgação de novas idéias, conceitos e do próprio conhecimento nos meios acadêmicos, devido a grande maioria da população brasileira não dominar o idioma em suas formas de expressão, seja pela leitura e, principalmente, no uso da escrita.

Trata-se, no entanto, de um esforço maior de pautar os projetos pessoais dos discentes dos cursos de EaD. O exercício de duas linguagens distintas – a do próprio idioma vinculada ao paradigma digital, esse, mais complexo em relação ao primeiro – pode ser o grande receio para que grande parte da população ainda não adira a essa nova ferramenta de Educação. Outra temerosidade ronda a questão da qualidade, pois se acredita não haver profundidade nos questionamentos acadêmicos, por não se contar diretamente com os docentes nos procedimentos de ensino. Neste caso, podemos verificar pelo crescente número de adeptos, na análise de suas titulações e currículos, que se trata de um dos maiores fenômenos de democratização do conhecimento na história da Educação.

Ao passo de estarmos ainda temerários aos frutos que serão colhidos pelos trabalhos dos discentes da EaD, deveremos sim, esperar que tais anseios sejam entendidos pela tentativa de se conseguir divulgar o conhecimento para o senso comum, e seja ele criticado por qualquer meio de difusão, desde que o seja sabido.

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