Buscando no mundo...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Uma experiência nova para o lúdico das crianças...

Está sendo uma fantástica experiência desenvolver o Projeto Semana da Criança 2011. A equipe itinerante de profissionais das EMEIs do município de Osório estará apresentando entre 5/10 até 21/10 uma adaptação do conto "A Cigarra e a Formiga". Formada pelos professores Carine, Raquel, Talita e este, a equipe itinerante multidisciplinar que abrange as áreas de contação de histórias, teatro e educação física, está incumbida de promover de forma lúdica uma atividade que será apresentada em todas as escolas infantis do município. Como esta postagem acontece durante a execução do projeto, algumas apresentações já ocorreram: a primeira contemplada foi a EMEI Prof. Cristina, na quarta-05; na quinta-feira (06/10) as contempladas foram as Escolas Santa Luzia e Cantinho da Criança.
Confiram alguns dos momentos da EMEI Prof. Cristina!

Essa foi a criançada que assistiu lá na EMEI Prof. Cristina...

A Prof.ª Raquel é a contadora (veranil!) da história... muito talento e competência!

 ... e este é o nosso cenário!

Fazendo os últimos makes para a apresentação. Da direita para a esquerda: Profª Talita, Profª Raquel, Prof.ª Carine e Prof. Anderson...

Era uma vez uma formiga...

 (Que coisa linda são os olhos brilhantes das crianças em busca do lúdico!)

 A Profª Carine interpreta magnificamente o papel da Formiga Trabalhadora...

 Parabéns pelo talento e obrigado por compartilhá-lo conosco!!!
Aprendemos muito com tua experiência.

...enquanto a cigarra fica de olho na comidinha da formiga!

 
Nunca imaginei fazer algo parecido... é uma superação!
 Paródia 1 - "Meteoro - Luan Santanna":
Eu vou tocar, eu vou cantar
bem alto esta canção
eu adoro esse sol maravilhoso de verão,
meu violão tá adorando este clima de calor,
UooU! Vou cantar aonde eu for.


 Paródia 2 - "Like a Baby - Justin Bieber":
Oh! Formiga, amiga, miga, OuuH!
Oh! amiga formiga, minha não!
Eu não posso parar de cantar...
Eu não posso parar de tocar...
Eu sou artista!

A passagem do inverno provocou frio e fome na cigarra...

Paródia 3: "Fada - Vitor e Léo"
Formiga, formiga querida!
Dona de tanta comida!
Você cultivou, gostosuras guardou,
E agora que o inverno chegou
Abra sua porta, venha me ajudar
Minha barriga não para de roncar,
Bota uma panela nessa chapa do fogão
E esquenta meu coração.

A formiga impõe condições para que a cigarra possa entrar e jantar no formigueiro... ah, não!

 E a formiga fica feliz pois aprenderá a cantar com a cigarra...

A Profª Talita desempenhou a figura do inverno com muito brilho!

E todos nós agradecemos a coordenação das EMEIs na pessoa da Profª Catiana por promover o projeto e oportunizar a nós essa experiência tão bela e significativa em nossas carreiras. Em breve, novas fotos e experiências...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Um resumo da minha Semana Farroupilha 2011

Peço desculpas aos amigos que me cobram a falta de postagens nesse espaço... mas acho que vale o registro quando temos algo sincero e novo para colocarmos (desculpas de quem não tem tempo organizado para isso!), portanto, se estou aqui novamente é porque algum pensamento importante me cativou. Na minha Semana Farroupilha (que pode ser acompanhada pelo blog ) tive experiências intensas que me levaram a escrever uma poesia que, pela semântica da palavra, criou-se por si só, praticamente. Pois quero compartilhá-la com os meus amigos...


CONTENDA DAS MUSTARDAS

1- Cuê pucha! Que o Divino nos guarde!
O coronel deu escuta ao alarde daquela feroz milicada
Que se sentiu vingada da quedança lá na Patrulha
Num lampejo de fagulha a gravata tava atada.

2- Era vinte e dois de abril de mil novecentos e trinta e seis
pois ouçam vanceis o que o coronel não me ouviu
“o ‘home’ já sentiu o peso dessa carga”
Levamos o tal pras guarda que o general nosso pediu.

3- Pois conto melhor o causo do qual me atormento
Não sei se rio ou lamento pelo sangue do Pinto Bandeira
Que se atirou na asneira de caçar os Farroupilhas
E viu de contra a pilha das guardas mostardeiras.

4- O fato é que o presidente Braga
Já estava em outras plagas que não as da Capital
Quando ouviu que o general adentraria o Campo da Várzea
Tão ligeiro quão feito a ázima, se bandeou pro litoral.

5- E buscou sua guarida no forte de Rio Grande
E com urro de “se mande!” determinou Domingos Chaves
“Nas Mustardas tu caves sete palmos a Onofre Pires”
“Nos farroupilhas mires a força da tua clave”.

6- Antônio Braga sabia que Onofre o farejava
Com olho ligeiro mirava encontrar uma solução
De quedar Pires no chão, cachorro de Bento Gonçalves
“Vá pro Mboy Orú, caro Chaves, castrar aquele cão.”

7- E assim se foi Domingos levando sua tenência
Mas também a independência soava-lhe nas ventas
Não suportava mais remendas faltas imperialistas
E contra os legalistas travaria batalhas sangrentas.

8- Juntou-se a Onofre Pires para defender sua causa
Construiu seu fortim-casa nas Guardas das Mustardas
A seus buenaços deu fardas como homens da guarnição
Que dali não tardariam a armar as emboscadas.

9- Que chegaria Pinto Bandeira, contou-lhe a Onofre Pires
Viria junto o Juca Ourives, muy guapos pelejadores
Não se atazanem senhores, Mustardas é trincheira
Que, libertária, planeia vil recebida dos contentores.

10- A duna grande se abria da Costa de Cima à laguna
O céu numa tez lubuna matizava as areias
De forma que veias abertas tingiam colorados com’ros
Formando vários escombros para rapina ceia.

11- Não houve grito, nem estampido,
O inimigo não era temido porque a trincheira abagualada
Junto a laguna alinhava Pinto Bandeira e os seus
E como castigo de Deus, Onofre e Domingos lhes guasqueavam.

12- Vendo a “cosa mal-fadada” pro lado dos lenços brancos
Não ficou sentado em banco e pras águas foi Juca Ourives
Vendo Onofre Pires e Domingos Gonsalves Chaves
Exercitando suas claves, abrindo o hades aos infelizes.

13- Juca Ourives saiu a nado, atrás dele foram os farrapos
Como se caça gato-do-mato, ficaram a sua espreita
Onde a lagoa se endireita se atiraram sobre o quera
Que nem forças tivera pra sai da botada perfeita.

14- O levaram a cabresto, como fosse um animal
Pelo regato bagual, a duna grande ganhavam
Ali onde se engalfinharam durante algumas horas
Uma vermelhidão que o branco cora, a rusga se abrandara.

15- Ata a gravata coronel! gritavam os farrapos a um só coro…
Pra curar o desaforo do ocorrido em Santo Antônio
Pinto Bandeira choronho clamava por sua vida
Sua consorte querida e seus oito filhos tristonhos.

16- Cuê pucha! Coronel… não se dê a desventura!
Pensava eu na agrura daquele importante momento.
Os farrapos me vão aos tentos se lhe aconselho bem,
Minha consciência também, se mal faço aconselhamento.

17- Nos calamos e ouço o choro do infeliz Francisco...
O Juca também sem cristo, pra se fazer por onde
Tava como quem se esconde dentro de si mesmo
Sentindo em si o peso do farrapo grilhão na fronte.

18- Os lamentos dos oficiais De El Rei não enterneceram o coronel
Que a sentença, como sovéu, pealou seu infortúnio, certeiro,
“Não seja covarde” forasteiro, esbravejou coronel Onofre
A morte todo mundo sofre, “pois morra como um bom brasileiro.”

19- Cuê fresca! São Pedro não viu! Antes milonga cena...
Sem dó, nenhuma pena, Ourives e seus caramurus,
Viventes do Mboy Orú ouviram um grito surdo
Que até hoje aturdo no choro de qualquer anu.

20- A adaga do coronel matava a sede no pescoço
Daquele infeliz moço que El Rei bem se servia
Até aquele dia que Mustardas fez guarida
Nem quero-quero alarida, nem a cobra cruzera pia.

21- Mas chê! Coronel! Por que tamanho feito?
Se essas areias são leito pra tanta carnificina,
Vi então que a sina de qualquer homem farrapo
Era morrer tão guapo que até a morte se domina.

22- Mustardas, libertária trincheira, que a tantos nos abrigou
Se algum sonho se escapou das noites do General Bento
Um deles eu lamento, pois não ganhou serventia
A guerra se ganharia se em ti fosse o farrapo aquerenciamento.

23- Tuas areias brancas ficaram como chão brazino
Teu vento teatino ainda sopra as vozes choradeiras
Tuas maternais trincheiras abraçavam a liberdade
Que só veio na verdade, longe das plagas mostardeiras.

Esquecidas estão as memórias dos saberes de teus filhos.

Essa poesia nasceu em 21/09 e quero homenagear a todos os palestrantes que me subsidiaram com suas informações e comentários a respeito da história do torrão mostardeiro.
Um abraço a todos.